A forte subida do câmbio neste período pré-eleitoral, tem disparado sinais de alerta sobre o risco Brasil e a questão da volatilidade do Real. Pela paridade de poder de compra, verificou-se um fortalecimento do Real em relação ao Dólar entre 2002 e 2012, período em que a economia Brasileira apresentou crescimento sustentado, tendo-se mantido forte desde então, conforme verificado no gráfico a seguir (utilizando como parâmetros os câmbios médios de cada ano):
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É muito difícil (alguns economistas dizem ser impossível) prever o câmbio pois são muitos os fatores que o influenciam mas, um investidor com visão de longo prazo, deve basear suas decisões de alocação de carteira em cenários, e neste momento o quadro é binário:
Em entrevista recente, o economista Armínio Fraga comentou que os riscos para os mercados durante o período eleitoral são mais graves do que ele mesmo vivenciou à frente do Bacen em 2002, quando o dólar chegou a uma cotação que em valores atuais corresponderia a R$7,00. Ele afirmou, corretamente, que esse não é o cenário mais provável, dado que nossas reservas internacionais passaram de US$ 37,7 bilhões, ao fim de 2002, para o nível atual de US$ 380 bilhões, situação fortemente influenciada pelo o impacto da China nos preços dos commodities.
Evolução das reservas internacionais
Essas reservas atuam como um seguro contra uma crise de balanço de pagamentos pois permitem, ao Banco Central, intervir no mercado de câmbio e evitar volatilidade excessiva de curto prazo. No entanto, algumas mudanças estruturais no ambiente macroeconômico poderão afetar negativamente o apetite dos investidores por ativos de risco (como o Brasil) e a segurança relativa resultante destas reservas poderá não ser suficiente para conter o impacto dos fatores a seguir:
É no mínimo prudente, que o investidor Brasileiro reconheça que estão em curso mudanças estruturais que poderão expor a riscos carteiras fortemente concentradas no Brasil. Este contexto implica necessariamente, no desenvolvimento de estratégias de hedge (proteção) que incluem a diversificação internacional.
Cabe referir que estas estratégias não têm a ver com movimentos especulativos visando obter ganhos com flutuações de curto prazo do Real face ao USD. O investidor passivo e com o foco no longo prazo irá definir: 1) uma percentagem ótima de alocação internacional da sua carteira; 2) as classes de ativos alinhadas com o seu perfil, e posicionar-se para o longo prazo 3) o timing de entrada observando o risco de “trocar de pé” ou seja, posicionar-se numa classe de ativos volátil no momento errado e ter dificuldades em rentabilizar o seu capital mesmo no longo prazo.
Neste sentido vale analisar o gráfico a seguir que compara a rentabilidade real (descontada a inflação) de três classes de ativos para vários prazos de investimento (imóveis no Brasil não estão incluídos por falta de dados estatísticos robustos):
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Em suma, estão em curso mudanças estruturais no ambiente macroeconômico com potencial para enfraquecer o Real, uma mudança de paradigma em relação aos últimos 10 anos. Apesar deste não ser o cenário mais provável, é importante observar que o câmbio já esteve próximo a $6.00 em ciclos históricos anteriores (pela paridade do poder de compra), sendo prudente portanto, implementar estratégias clássicas de alocar uma percentagem das carteiras a ativos em dólar.
No entanto, o longo ciclo de valorização dos mercados acionários americanos poderá acender sinais de alerta contra o timing atual de entrada nestes mercados. Neste contexto, os imóveis para renda nos EUA, poderão oferecer uma alternativa mais segura dada a baixa volatilidade desta classe de ativos e sua reduzida correlação com os mercados acionários.
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