Há cerca de um mês, fui convidado para participar do Portugal Real Estate Summit 2016, evento que reuniu mais de 300 investidores imobiliários estrangeiros, boa parte de referência mundial, e novos players interessados nas terras portuguesas, todos analisando as oportunidades de mercado. E por que tanto interesse?
Porque nos últimos cinco anos Portugal tem despontado como destino turístico europeu por diversas razões, entre elas: clima, excelente infraestrutura e fuga de outros destinos considerados de risco, como Marrocos e Egito, ou com problemas resultantes do forte fluxo de imigração, como França e Alemanha.
Tais fatores, aliados aos programas de incentivo ao investimento estrangeiro como o Visa Gold – tema que já elencamos aqui em nosso blog -, têm provocado uma enorme convergência de investimentos estrangeiros, principalmente de franceses, chineses e, nos últimos dois anos, de brasileiros, que também buscam o Visa Gold para unir o útil (investimento imobiliário para rendimento) ao agradável (uso do imóvel esporadicamente), ter uma base na Europa ou rentabilizar através do aluguel.
Para nós, a facilidade da língua, a identificação com a gastronomia, o excelente clima com inverno e verão amenos e os incentivos fiscais já são, por si só, fatores para voltarmos nossas atenções a Portugal (além de ser uma nova alternativa aos EUA). E para o investidor que busca diversificar o patrimônio e apostar em imóveis para rendimento, somam-se outras informações bem interessantes, que descreveremos a seguir.
Cenário imobiliário
Só no primeiro trimestre de 2016, foram realizadas cerca de 32 mil transações de compra e venda de residências em Portugal. De acordo com as estatísticas governamentais, o preço desses imóveis já acumula valorização real de mais de 12% desde 2013.
E está ocorrendo um crescimento significativo para o aluguel de turistas nas zonas históricas de Lisboa. A oferta atual total de imóveis residenciais no município da cidade está bastante estável, no patamar de 320 mil habitações.
Os investidores estrangeiros mais experientes procuram por Lisboa para investir no modelo retrofit – quando uma propriedade em região histórica é comprada e reformada, mantendo suas características históricas. A proporção de transações com imóveis já existentes tem crescido em relação àquelas com imóveis novos, uma consequência de leis que incentivam a reabilitação de propriedades antigas.
Temos operado nesse segmento em parceria com a Accure, empresa de desenvolvimento e gestão de ativos imobiliários em Portugal, especializada na reabilitação de edifícios em Lisboa, tanto residenciais quanto comerciais, nas chamadas zonas prime.
Veja o vídeo gravado por mim e pelo managing partner co-founder da Accure, Miguel Aguiar, em uma dessas obras de reabilitação (e com a análise de arqueólogo).
Outro destaque são os imóveis do Bairro da Graça – situado na mais alta colina de Lisboa, próximo aos bairros da Alfama e de São Vicente -, que têm proporcionado rendimento estimado de aluguel de 5,3% ao ano. Por sua posição privilegiada, a região é muito procurada por turistas e moradores que querem desfrutar de uma bela paisagem e ficar próximos aos pontos mais turísticos.
Em geral, os investidores brasileiros têm procurado imóveis em localizações centrais como Lisboa, Cascais e Porto para que também possam utilizá-los durante as férias e alugá-los em regime de curta temporada para turismo. Esse segmento hoje tem mais de 90% de ocupação ao longo do ano e a rentabilidade esperada é de 4% a 5% (já descontadas as despesas).
Se você quer investir em Portugal, também vale saber:
- O crescimento do PIB em 2015 atingiu 1,6% e a previsão é que se mantenha nesse patamar em 2016 e 2017 (o que sinaliza a recuperação desde 2013);
- O desemprego em Portugal tem reduzido nos últimos anos, após um pico de mais de 16% em 2013. A taxa de 2015 ficou em 12,6%, com previsão de queda para pouco mais de 10% até 2017;
- Só em 2015, o gasto de turistas que viajaram para lá a negócios chegou a 21 bilhões de euros;
- Alguns nichos de mercado possuem atualmente cerca de 90% dos negócios dominados por investidores estrangeiros (principalmente o segmento prime);
- A localização geográfica é muito estratégica, já que o país dispõe de quatro aeroportos internacionais, cinco portos marítimos internacionais e uma das redes rodoviárias mais desenvolvidas da Europa, sendo uma plataforma de negócios privilegiada e uma ponte para muitas rotas estrangeiras;
- Nos últimos anos, Portugal tem implementado uma série de reformas fiscais, o que coloca o país hoje no top 10 dos mais atrativos para investimento, com uma redução de impostos de 23% para as empresas. Os incentivos fiscais são também bem generosos para quem deseja investir em imóveis de rendimento por lá;
- De acordo com ranking do Global Index 2016, Portugal ocupa atualmente o quinto lugar como o país mais pacífico do mundo, atrás apenas de Islândia, Dinamarca, Áustria e Nova Zelândia.
Portanto, além dos EUA, vale ficar de olho no mercado imobiliário para rendimento em Portugal. Quer saber mais? Fale com um de nossos consultores: contato@ativore.com.